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Domingo, 10 de Maio de 2009

"É uma questão de disciplina..."

“ “É uma questão de disciplina”, dizia-me, dias depois, o Principezinho. “De manhã, quando nos levantamos, lavamo-nos e arranjamo-nos, não é? Pois lá também é preciso ir limpar e arranjar o planeta. Há que arrancar regularmente os pés dos embondeiros, mal eles se distingam dos das roseiras com os quais se confundem quando são novinhos. É um trabalho muito aborrecido mas muito fácil.”


Extraído da obra “O Principezinho” de Antoine de Saint- Éxupery


Antes de mais, quero mais uma vez agradecer à Nova Acrópole por me ter dado a oportunidade de à há algum tempo atrás conhecer e trabalhar esta maravilhosa obra que à primeira vista não passa de um livro para crianças, mas que afinal de contas é um tratado filosófico, repleto de sugestões práticas para nos melhorarmos interiormente, e de facto, esta obra é um verdadeiro breviário da esperança, é um hino à transparência e inocência do coração e ao espírito de juventude.
Hoje resolvi pegar no excerto que mencionei no início deste post e reflectir novamente sobre ele, fala-nos de disciplina, de rosas, de embondeiros… mas o que é que podemos retirar daqui?- perguntam-se vocês…
A meu ver, os embondeiros relacionam-se com os vícios e defeitos da nossa personalidade que abafam a alma, isto porque, não sei se conhecem o embondeiro, (mas ele é uma árvore enorme e bastante frondosa), ora estes enquanto sementes não oferecem qualquer perigo, mas quando a semente brota, há que ter cuidado e criar formas de a controlar para que esta ao crescer não se apodere do planeta, fazendo uma analogia entre o planeta e o homem, temos que ser cautelosos, pois assim como o Principezinho fazia a higiene diária do seu planeta, também nós necessitamos de criar formas de realizar esta higiene, necessitamos de criar formas de combater os vícios da personalidade, não podemos deixar que nos abafem a alma.
O Principezinho diz “é uma questão de disciplina…”, ou seja, devemos criar o hábito de limpar a nossa personalidade, para isso devemos estar atentos, e ver onde começam a rebentar os embondeiros, conseguir torná-los em árvores bonitas, que o são… mas quando dominadas. Não deixar no nosso jardim mais do que o necessário para que seja belo e harmónico!
“Há que arrancar regularmente os pés dos embondeiros…”, bem, penso que o essencial, é ficarmos com a ideia de que este “arrancar regularmente os pés dos embondeiros” é como que realizarmos uma limpeza interior necessária para se poder receber os nossos atributos, aquilo que há de bom em cada um de nós mas se encontra abafado por tantos rebentos de embondeiros, temos que desbastar o nosso jardim, como se faz na jardinagem, para que as flores mais bonitas de cada um possam aflorar. Para isso, temos que, primeiro identificar os embondeiros, depois afastá-los do nosso planeta, não deixando no entanto de os olhar com algum carinho, pois fazem parte de nós, devemos é ter o cuidado de os cuidar, pois quando tratados com inteligência podem ser árvores bonitas. Não nos podemos esquecer que tudo é dual.
Por hoje, não vos maço mais, se tiverem a oportunidade leiam ou releiam esta obra e meditem sobre ela, é realmente sublime.


Até sempre!
 


publicado por Psiqué às 19:55

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