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“A maior parte das gaivotas não se querem incomodar a aprender mais que os rudimentos do voo, como ir da costa à comida e voltar. Para a maior parte das gaivotas, o que importa não é saber voar, mas comer. Para esta gaivota, no entanto, o importante não era comer mas voar. Mais que tudo, Fernão Capelo Gaivota adorava voar.”
Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach
Saudações caros amigos!
Mais uma vez me faço valer desta tão rica obra, Fernão Capelo Gaivota para falar convosco, isto porque em cada parágrafo que leio e releio, vejo um manancial de conselhos para conseguir seguir em frente neste mundo de crise, nesta Nova Idade Média que teima em instalar-se no nosso mundo. Hoje decidi reflectir sobre o parágrafo acima citado. É incrível como podemos fazer uma analogia com os dias de hoje.
Hoje em dia, a maior parte de nós não passa de mais uma gaivota do bando que tenta a todo o custo sobreviver, isto não é de todo negativo desde que em paralelo façamos algo que nos alimente a alma também, e desde que para sobrevivermos não tenhamos que prejudicar o nosso semelhante. Uma das imagens desta obra que tenho guardada na memória, é a parte em que as gaivotas do bando se atacam umas às outras por causa do alimento, nos dias que correm já muitas pessoas fazem o mesmo, e fazem-no porque ainda não descobriram o verdadeiro significado da vida, porque teimam em querer enriquecer a qualquer custo. Para a maior parte das pessoas o importante não é saber viver realmente, mas sim conseguir as coisas da maneira mais fácil possível, se possível que lhes vão ter a casa, a prova disto são as milhares de pessoas que usufruem de apoios do estado por estarem sem emprego, não é errado o estado dar estes apoios, muito pelo contrário, mas é sim errado não educarem e sensibilizarem as pessoas para a importância de aprenderem algo que as possa ajudar a sair daquela situação, e é igualmente errado as pessoas submeterem-se simplesmente a isso, ao invés de lutar por uma vida melhor.
Assim como Fernão adorava voar e se esforçava para aprender novas técnicas que o aproximassem mais e mais da perfeição, também nós devemos adorar viver, mas quando falo de viver, falo de viver com letra maiúscula, ou seja, ter um verdadeiro sentido da vida, descobrir algo que nos faça crescer, descobrir um alimento subtil, um alimento para a alma, só quando descobrirmos este alimento vivermos realmente.
Para terminar em grande deixo-vos outro parágrafo desta obra, para que desta vez sejam vocês a reflectir:
“- Vais começar a aproximar-te do paraíso, Fernão, no momento em que atingires a velocidade perfeita. E isso não é voar a mil e quinhentos quilómetros por hora, nem a um milhão, nem à velocidade da luz. É que nenhum número é um limite e a perfeição não tem limites.”
“O que é capaz de conversar, alternando engenhosamente as suas intervenções com as dos demais, o que ouve os outros tanto mais do que a si mesmo, sabe colher tesouros em todos os cantos e momentos da vida.”
Retirei esta pequena frase de um livro que já li vezes sem conta, chama-se “A arte de Triunfar na Vida” de Délia Steinberg Guzmán, das Edições Nova Acrópole, e é um dos meus livros de mesa-de-cabeceira, precisamente porque consigo retirar dele conselhos práticos para o dia-a-dia.
Hoje resolvi escrever uma reflexão sobre a importância da cortesia na conversação, é que conversar é mais difícil do que parece, pois para realmente dialogar há que saber ouvir, é que uma conversa é feita no mínimo entre duas pessoas, onde ambas as partes têm momentos de silêncio (onde escuta) e de intervenção (onde expõe a sua opinião). Para tudo há que encontrar o justo meio. É necessário também saber o que dizer e quando dizer, pois a maior parte das vezes temos tendência a falar simplesmente do que gostamos e esquecemo-nos dos outros, numa conversa, devemos procurar abordar temas que vão de encontro ao que o outro espera ouvir, não tendo com isto que deixar de falar sobre as coisas que mais gostamos, não, não é isto que quero dizer, simplesmente que por vezes temos que equilibrar para não parecermos egocêntricos, há que deixar de construir monólogos e passar a construir diálogos, para tal, é necessário um locutor e um interlocutor, há que saber quando ouvir e quando falar. “O que só se ouve a si mesmo, o que só aprecia as suas próprias ideias, o que se sente atraído pelo som da sua própria voz, o que não concede importância à existência de outras pessoas e usa-as apenas como ecrã para reflectir as suas palavras, nunca poderá conversar, nunca poderá estabelecer uma salutar relação humana.”
“Ouvir é compreender os outros e a nós próprios.”
Ser cortês na conversa, é portanto saber ouvir, saber ler nos olhos da pessoa que fala o que lhe vai na alma, é poder comparar com o que pensamos e procurar um ponto comum, é saber intervir no momento certo, sem interromper bruscamente o outro, procurando o fio condutor da conversa, pois tal como um discurso escrito, também uma conversa deverá ter um principio, um meio e um fim.
. Alimento para a Alma
. A Senda